SÉRGIO PORTO

A INEVITAVEL HISTÓRIA DE LETICIA DINIZ
A peça conta um episódio inédito da trajetória da Letícia: quando ela viaja para a Europa é presa no aeroporto e encarcerada numa delegacia de Zurique. A peça se passa durante uma única noite e mostra a relação que Letícia estabelece com seu carcereiro, a quem tenta convencer de todas as formas a soltá-la. A INEVITÁVEL HISTÓRIA DE LETÍCIA DINIZ nasceu do desejo de revelar ao grande público a cruel e absurda realidade vivida pelas travestis brasileiras, provavelmente o segmento mais estigmatizado da nossa sociedade. Atualmente o Brasil ostenta o vergonhoso título de maior exportador mundial de travestis e transexuais para o rico mercado de prostituição da Europa. Em Paris, Roma, Milão, Madrid, Zurique, Berlim e outras importantes cidades europeias é o português a língua mais falada nos pontos de prostituição. Consideradas as mais belas travestis do planeta, as brasileiras encontram na prostituição – aqui e no exterior – a única forma de sobrevivência possível, já que a desinformação geral a respeito desse tema perpetua preconceitos e se reflete na forma como esses indivíduos são tratados pela nossa sociedade.
4 a 27 de Fevereiro
Sexta a Sábado 21h
Domingo 20h
Texto e Direção: Marcelo Pedreira
Elenco: Rosanne Mulholland e Saulo Rodrigues Cenografia: Marcelo Chaffin e Marcelo Pedreira
Iluminação: Saulo Rodrigues
Figurinos: Cláudio Marra
Vozes (off): Leticia Isnard, Ângela Câmara, Helena Machado, Paula Maracajá, Zeca Pereira e Marcelo Pedreira
Consultoria Especial: Bianca Freire |Fotografia: Sharon Eve Smith |Maquiagem: Zeca Pereira | Design Gráfico: Marcelo Chaffin
Assessoria de Imprensa: Henrique Fischer
Direção de Produção: Marcelo Chaffin
Realização: Criaturas Criativas
Classificação 14 anos


OBSCENA
ObsCena leva ao palco do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto um mix de teatro, performance e show: quatro atrizes no palco – Leandra Leal, Bianca Joy Porte, Camila Magalhães, Fernanda Bond - e a presença constante do baterista Domenico Lancellotti, que atua criando e interferindo na trilha – e na cena – através dos mais diversos estímulos sonoros: canto, instrumentos musicais, aparelhos tecnológicos e inusitados brinquedos infantis. O texto - com dramaturgia de Christiane Jatahy e Vitor Paiva - foi construído a partir de entrevistas individuais com cada uma das atrizes e improvisos desenvolvidos na sala de ensaio. O espetáculo reúne histórias íntimas, em tom de confissões, chocantes, desconcertantes e reveladoras, capazes de tornar o público coadjuvante e cúmplice do que se passa no palco. A dúvida entre o que foi ensaiado e o que é improviso instiga o espectador. Histórias de inocentes descobertas pessoais se misturam com episódios desconfortáveis que tem como pano de fundo o abuso sexual. O texto traz também referências de histórias fictícias – uma delas baseada no filme Água Fria no Mar, de Paz Fábrega (da Costa Rica), que conta a história de uma menina que foge dos pais durante um acampamento de férias na Costa Rica e mente a desconhecidos dizendo que seus pais e irmãos morreram atropelados recentemente e que sofre abusos sexuais do tio – e histórias reais, como o caso da jovem de Viena (Áustria) que foi aprisionada por 24 anos no porão de casa pelo pai, com quem teve cinco filhos.  
1 de fevereiro a 15 de fevereiro
Segundas e terças às 21h
Direção - Christiane Jatahy
Elenco, Bianca Joy Porte, Camila Magalhães , Fernanda Bond Leandra Leal
Dramaturgia - Vitor Paiva
Direção Musical - Domenico Lancellotti
Iluminação – Tomas Ribas
Assistente de Direção - Cristina Amadeo
Direção de Produção – Carla Mullulo e João Braune - Fomenta Produções
Classificação - 16 anos


MÚSICA
MARIANO MAROVATTO – Lançamento de disco Aquele Amor nem me fale
"Onde e como a bossa nova começou é relativamente sem importância", dizia a revista Down Beat, em 1962. Que o público jazzófilo norte americano do fim dos anos 1950 tenha ficado assustado com aquele novo ritmo brasileiro, já era de se esperar. O curioso e imprevisível é perceber que ainda hoje, aqui, no lugar de origem desse ritmo, o como e por quê da Bossa Nova permaneça sem resposta definitiva. Mais de quarenta anos depois, Mariano Marovatto sublinha, com seu disco de estreia, tal irrelevância. Afinal, Aquele amor nem me fale, de Marovatto, é um disco de Bossa Nova.
2 Fevereiro
Quarta às 20h
Classificação Livre


SONGORO COSONGO (Carnaval Latino)
Songoro Cosongo é uma banda formada por músicos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia e Chile, residentes no Rio de Janeiro. A banda, nascida em agosto de 2005, está há mais de dois anos animando a noite carioca em diferentes casas de shows e eventos artísticos, com seu estilo musical inconfundível: PsicoTropical Musik.  Songoro Cosongo além de ser uma banda é um Bloco Carnavalesco, que desde 2006 sai pelas ruas de Santa Teresa arrastando milhares de pessoas, emprestando um sotaque latino ao Carnaval Carioca. O repertório do Songoro Cosongo está baseado na mistura de diversos ritmos tais como salsa, cumbia, merengue, frevo, chorinho, candombe, afro-beat, reggae, jazz, e outros. O resultado é um som novo, criado por oito pessoas que moram no Rio de Janeiro e se juntaram para fazer música, considerando o Brasil parte da América Latina e a América Latina parte do Brasil.
3 a 24 de fevereiro
Quinta às 20h


MULHERES DE CHICO
Chico Buarque de Holanda certamente é um dos grandes compositores brasileiros que construiu uma obra musical de caráter nacional e não é sem razão que receba tantas homenagens. Em 2006, um grupo de batuqueiras, a maioria vinda de blocos carnavalescos e oficinas de percussão como o Mo­nobloco, se uniu para fazer uma releitura original do universo musical criado por Chico, interpretando suas canções dentro de uma estética inusitada, com destaque para a formação instrumental tra­dicional das Escolas de Samba. Assumindo posição de vanguarda e indo na contramão da hegemonia masculina no mundo do samba, o grupo se formou somente com batuqueiras mulheres.
Idealizado pelas cuiqueiras Gláucia Cabral e Vivian Freitas, o Bloco Mulheres de Chico (MDC) chamou a atenção dos foliões que foram assistir ao seu primeiro desfile, no estilo concentra-mas não-sai, no Carnaval de 2007. Desde então, o grupo feminino vem recriando a obra de Chico, ganhando visibilida­de no cenário musical brasileiro, com arranjos que exploram ritmos nacionais como o samba, o ijexá, o côco, o jongo, a marchinha e o funk carioca.
9 e 23 de Fevereiro
Quarta às 20h


ESCAMBO (indicado em 2010 como melhor conjunto MPB prêmio de música)
Formado em 2006, o grupo Escambo reúne três jovens poetas e compositores do Rio de Janeiro. Renato Frazão, Thiago Thiago de Mello e Lucas Dain interpretam suas canções e poemas desenhando uma linha comum entre eles: a amizade delineia os arranjos musicais, inventando uma “música popular brasileira” afeita aos bons frutos das parcerias.
Além do apuro formal e melódico, os três também se des-tacam pela variada escolha rítmica, indo do baião ao afoxé, do samba tradicional ao frevo, passeando no rap e no maracatu. O trabalho poético é altamente inventivo, e reflete um olhar contemporâneo que não abandona a tradição para falar do cotidiano presente e do quimérico futuro. Característica que tornou-se uma marca do Escambo são as participações especiais que o grupo recebe em seus shows. Cantores, compositores e instrumentistas são frequentemente requisitados ao palco, o que reforça o espírito agragador do grupo, reafirmando a chegada de uma nova geração de artistas ao cenário musical brasileiro.
16 Fevereiro
Quarta às 20h